Inquiridos pelo filho acerca da forma como tinha nascido, os pais, embaraçados, responderam-lhe que tinha nascido através de um buraco existente no tecto. Certo dia, a entrada da água por esse buraco obrigou o pai a tapá-lo, precisando da ajuda da esposa para o elevar. Nesse momento, o menino foi atender o telefone, que tocava. Foi-lhe pedido que chamasse o pai, ao que ele respondeu: - Ele não pode vir. Está em cima da minha mãe a tapar o buraco por onde eu nasci."
Esta história foi contada por um pai, numa reunião de encarregados de educação de uma turma, em que se debatia a educação sexual. Acrescentou ainda esse mesmo pai ter nascido numa aldeia onde não havia luz. Havia muita crendice em bruxedos e fantasmas, que se manifestavam especialmente depois de anoitecer. Com a chegada da luz eléctrica, os fantasmas e os bruxedos foram desaparecendo. Ambas situações ilustram bem vários aspectos da problemática da educação sexual.
A educação sexual está contemplada na legislação, tendo chegado às escolas, recentemente, um livro editado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde, com linhas orientadoras para a sua implementação - Educação Sexual em Meio Escolar - Linhas Orientadoras. Prevê-se a sua abordagem em todos os ciclos de ensino, com um aprofundamento adequado ao nível etário dos alunos. Prevê-se que as diferentes disciplinas contemplem a educação sexual nos seus programas e que haja trabalhos interdisciplinares. Prevê-se também o desenvolvimento de projectos extracurriculares. Para que tudo funcione e não se fique pelo campo das intenções, está prevista a formação de um núcleo dinamizador e coordenador destas actividades e a formação do pessoal docente e de acção auxiliar de educação (que esperamos não se fique pelo domínio das intenções).
A educação sexual nas escolas não substitui o papel nem a responsabilidade das famílias. A formação dos jovens realiza-se em contextos diferentes, dos quais a escola e a família são dos mais importantes, embora não exclusivos. Não são apenas os conhecimentos transmitidos formal e intencionalmente que contribuem para ela. Os pais, os professores e outras figuras de referência na vida dos jovens são modelos cujos valores, atitudes e comportamentos do quotidiano, mesmo os manifestados inconsciente ou involuntariamente, podem ser por eles reproduzidos. Daí que a formação de docentes e de encarregados de educação se torne muito importante. Mas importante é igualmente a colaboração entre a escola e a família, para que a actuação de ambas seja rentabilizada e complementada. Ela pode acontecer em reuniões como a referida inicialmente.
É preciso que se faça luz no domínio da educação sexual, para que desapareçam os "fantasmas" e para que não se criem situações embaraçosas como a acima referida. É preciso que se faça luz principalmente para que os jovens possam crescer vivendo a sua sexualidade de uma forma saudável e esclarecida.
Esta história foi contada por um pai, numa reunião de encarregados de educação de uma turma, em que se debatia a educação sexual. Acrescentou ainda esse mesmo pai ter nascido numa aldeia onde não havia luz. Havia muita crendice em bruxedos e fantasmas, que se manifestavam especialmente depois de anoitecer. Com a chegada da luz eléctrica, os fantasmas e os bruxedos foram desaparecendo. Ambas situações ilustram bem vários aspectos da problemática da educação sexual.
A educação sexual está contemplada na legislação, tendo chegado às escolas, recentemente, um livro editado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde, com linhas orientadoras para a sua implementação - Educação Sexual em Meio Escolar - Linhas Orientadoras. Prevê-se a sua abordagem em todos os ciclos de ensino, com um aprofundamento adequado ao nível etário dos alunos. Prevê-se que as diferentes disciplinas contemplem a educação sexual nos seus programas e que haja trabalhos interdisciplinares. Prevê-se também o desenvolvimento de projectos extracurriculares. Para que tudo funcione e não se fique pelo campo das intenções, está prevista a formação de um núcleo dinamizador e coordenador destas actividades e a formação do pessoal docente e de acção auxiliar de educação (que esperamos não se fique pelo domínio das intenções).
A educação sexual nas escolas não substitui o papel nem a responsabilidade das famílias. A formação dos jovens realiza-se em contextos diferentes, dos quais a escola e a família são dos mais importantes, embora não exclusivos. Não são apenas os conhecimentos transmitidos formal e intencionalmente que contribuem para ela. Os pais, os professores e outras figuras de referência na vida dos jovens são modelos cujos valores, atitudes e comportamentos do quotidiano, mesmo os manifestados inconsciente ou involuntariamente, podem ser por eles reproduzidos. Daí que a formação de docentes e de encarregados de educação se torne muito importante. Mas importante é igualmente a colaboração entre a escola e a família, para que a actuação de ambas seja rentabilizada e complementada. Ela pode acontecer em reuniões como a referida inicialmente.
É preciso que se faça luz no domínio da educação sexual, para que desapareçam os "fantasmas" e para que não se criem situações embaraçosas como a acima referida. É preciso que se faça luz principalmente para que os jovens possam crescer vivendo a sua sexualidade de uma forma saudável e esclarecida.
Texto enviado por Raquel Sousa
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